domingo, 7 de junho de 2015

"King of Kings", Cecil B. DeMille (1927)


"King of Kings" é a maior história alguma vez contada e que só Cecil B. DeMille poderia (e sabia) contar. Em 1927, com o maior orçamento da história de Hollywood, DeMille superlativou a Paixão de Cristo num dos maiores filmes de todos os tempos.

Com diálogos retirados directamente da Bíblia, milhares de requintados adereços, actores e figurantes, e uma técnica cinematográfica só ao alcance do grande "showman" de Hollywood. Assim, "king of Kings" é ao mesmo tempo espectacular e profundamente reverente, um grade épico religioso.


Ceccil B. DeMille, o "master mind" da Paramount, iria revisitar o género épico bíblico muitas vezes na sua carreira, culminando em 1956 com a versão em grande escala da história de Moisés em "The Ten Commandments", mas foi aqui que tudo começou. DeMille conta-nos a história de Jesus Cristo a partir do ponto de vista de Maria Madalena, antes uma cortesã num decadente e glutão Império Romano, e purificada pelo amor de Cristo, aqui reresentado por H.B. Warner.

"King of Kings" conheceria um "remake" em 1961, pelo não menor Nicholas Ray, com Jeffrey Hunter na representação do Rei dos Reis.


sábado, 6 de junho de 2015

"The Unknown", Tod Browning (1927)


Esta tragédia de horrores comuns trata-se de uma desesperada história de amor condenada ao fracasso - conhece-se, contudo, algumas versões onde é introduzido um artificioso final feliz - que desemboca no horror.


Uma das obras-primas do cinema mudo, mostra o grandioso Lon Chaney no máximo do seu esplendor, numa personagem torturada, monstruosa, mas ao mesmo tempo indutora de grande compaixão. Neste filme de Browning podemos ver ainda, num papel radiantemente juvenil, Joan Crawford, belíssima, e muito antes dos seus fortes papéis de mulher fatal.


"The Fall of the Romanov Dynasty", Esther Shub (1927)




O filme de Shub é pioneiro de um ramo actualmente frutífero e em franco desenvolvimento: o cinema-ensaio. Utilizando material de noticiário de arquivo, Shub propõe uma cronologia (ideologicamente engajada, mas ainda assim factual) dos últimos anos dos czares da Rússia, num tempo marcado pelo deflagrar na I Grande Guerra e a Revolução de Outubro.


The Fall Of The Romanov Dynasty

O filme tem a curiosidade de ter creditado como co-argumentista, um tal de Vladimir Ilich Lenin.