"Die Finanzen des Großherzogs" (a.k.a. Finances of the Grand Duke),
F.W. Murnau (1924)
O genial realizador alemão realizou com este "Die Finanzen des Großherzogs" um filme atípico dentro da sua densa filmografia, na medida em que se trata de um registo de desenfreadas aventuras, a partir de um argumento de Thea Von Harbou, actriz, escritora e mulher de Fritz Lang.
"Die Finanzen des Großherzogs" é uma rara avis na sua filmografia, um cineasta que foi pioneiro no maravilhoso estilo Expressionista com obras como "Nosferatu" ou "Faust", aqui deixa-se conduzir por um puro entretenimento bastante datado, que se fica por um simpático produto, com um argumento bastante pueril, com personagens planas, sem poder empático, onde tudo se sucede de modo monocórdico. Nesta medida, "Die Finanzen des Großherzogs" é essencilamnete recomendável aos antropólogos do Cinema e aos sociólogos que através do Cinema conseguem perscrutar o que a sociedade pensava na época.
O filme baseia-se numa novela do escritor sueco Frank Heller, que nos conta a aventura de um Gran Duque, último herdeiro da coroa do ducado de Abacco (uma pequena ilha apenas um pouco maior do que o planeta onde habitava o Principezinho) e que agora se encontra com graves dívidas económicas. Semjon Marcowitz, o credor (judeu), aparece ávido de cobrar o seu dinheiro sob pena de se apropriar da ilha. É então que entra em cena a Gran Duquesa Olga, como uma ajuda divina.
Um dos interesses maiores deste "Die Finanzen des Großherzogs" é vermos Max Schreck, o Conde Orlock de "Nosferatu", num outro registo, ainda que igualmente pérfido, como um dos conspiradores para se apropriar da ilha do Gran Duque.
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