sábado, 11 de dezembro de 2010

"Intolerance", D.W.Griffith (1916)



A grande obra-prima do Cinema Mudo! Uma visão da conduta intolerante da humanidade através da História e as suas sempre terríveis sequelas. Griffith leva em "Intolerance" a técnica da montagem paralela até às últimas consequências, acompanhando em simultâneo quatro histórias unidas pela figura de uma mãe a embalar o seu filho: a queda de Babilónia no ano de 539 a.C.; a Judeia e o martírio e morte de Jesus Cristo; a França no séc. XVI, no Massacre da Noite de São Bartolomeu e a época moderna, em 1916, das moralistas sociais.

Cada momento do filme tem uma coloração específica, de acordo com um código de cores implementado por Griffith: azul (noite, melodramático), vermelho (guerra, paixão) verde (campos, serenidade) e sépia (interiores).

Como dito atrás, as quatro histórias são intercaladas pela mãe a embalar o bebé. Simbolicamente é uma imagem de continuidade, onde Griffith expressa que no fundo temos todos as mesmas características e apenas continuamos a vida de quem veio antes de nós.

Do ponto de vista do acolhimento público o filme foi um fracasso total. Por um lado, a montagem do filme confundiu completamente os espectadores, pois a narrativa não era contínua; por outro, trata-se de um filme demasiado longo, com mais de três horas e meia (embora originalmente tivesse cerca de oito).

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