A primeira "história" filmada da personagem criada por Sir Arthur Conan Doyle.
sábado, 11 de setembro de 2010
Para um conhecimento exaustivo sobre os Pioneiros do Cinema sugiro a visita ao site "Who's Who of Victorian Cinema".
http://www.victorian-cinema.net/index.htm
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Louis Lumière é o primeiro cineasta realizador de curtos documentários, enquanto que o seu irmão Auguste participa nas primeiras descobertas, dedicando-se posteriormente à medicina.
A partir do aperfeiçoamento do Cinetoscópio, os irmãos Lumière idealizaram o Cinematógrafo em 1895. O aparelho – uma espécie de antepassado da actual máquina de filmar – é movido a manivela e utiliza negativos perfurados, substituindo a acção de várias máquinas fotográficas para registrar o movimento. O Cinematógrafo torna possível, também, a projecção das imagens para o público. O nome do aparelho passou a identificar, em todas as línguas, a nova arte: Ciné, Cinema, Kino, etc.).
A primeira exibição pública das produções dos irmãos Lumière ocorre em 28 de Dezembro de 1895, no Grand Café, em Paris. A saída dos operários da fábrica Lumière (1895), A chegada do Comboio à Estação (1895), O Almoço do Bebé (1895) e O mar (1895) são alguns dos filmes apresentados. As produções são rudimentares, em geral documentários curtos sobre a vida quotidiana, com cerca de dois minutos de projecção, filmados ao ar livre.
A apresentação pública do Cinematógrafo marca oficialmente o início da história do Cinema.
Thomas Edison é um dos precursores da revolução tecnológica do século XX, desenvolvendo muitos e importantes dispositivos de grande interesse industrial. "The Wizard of Menlo Park" como era conhecido, foi um dos primeiros inventores a aplicar os princípios da produção maciça ao processo da invenção e teve também um papel determinante na indústria do Cinema.
Thomas Edison, em colaboração com o escocês William Kennedy Laurie Dickson, inventou o Cinetoscópio, o primeiro aparelho a projectar efectivamente imagens em movimento. E, em 1890, roda uma série de pequenos filmes no seu estúdio, o “Black Maria”, o primeiro da história do Cinema. Esses filmes não são projectados numa tela, mas no interior de uma máquina, o Cinetoscópio, onde as imagens só podem ser vistas por um espectador de cada vez ("a peep-hole motion picture viewer").
A Edison Manufacturing Co. (depois conhecida como Thomas A. Edison, Inc.), não só construiu o aparelho para filmar e projectar imagens em movimento, mas também produziu filmes para consumo público. A maior parte dos filmes retratavam pessoas famosas, notícias sobre eventos, desastres, as pessoas no trabalho, novos modos de transporte e de tecnologia, vistas panorâmicas, exposições e outras actividades de lazer.
No site da Biblioteca do Congreso dos EUA encontra-se um extenso catálogo para download de curtas-metragens produzidas pela Thomas A. Edison, Inc.:
http://memory.loc.gov/ammem/edhtml/edmvhm.html
Esta coleção apresenta 341 filmes de Edison. O primeiro filme é um teste de câmara feito em 1891, seguidos por outros testes e uma grande variedade de cenas do quotodiano ao longo dos vários anos até 1918, quando a companhia de Edison cessou a produção do filme.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
A Câmara Escura e a Lanterna Mágica constituem os fundamentos da ciência óptica, que torna possível a realidade cinematográfica.
O princípio da Câmara Escura foi enunciado por Leonardo da Vinci, no século XV. O invento foi depois desenvolvido pelo físico napolitano Giambattista Della Porta, no século XVI, que projecta uma caixa fechada, com um pequeno orifício coberto por uma lente; através dele penetram e cruzam-se os raios reflectidos pelos objectos exteriores. A imagem, invertida, inscreve-se na face do fundo, no interior da caixa.
A Lanterna Mágica foi criada pelo alemão Athanasius Kirchner, na segunda metade do século XVII, e baseia-se no processo inverso da Câmara Escura. É composta por uma caixa cilíndrica iluminada por uma vela, que projecta as imagens desenhadas numa lâmina de vidro.
Para captar e reproduzir a imagem do movimento, são construídos vários aparelhos baseados no fenómeno da persistência retiniana (fracção de segundo em que a imagem permanece na retina), descoberto pelo inglês Peter Mark Roger, em 1826. A fotografia, desenvolvida simultaneamente por Louis-Jacques Daguerre e Joseph Nicéphore Niepce, e as pesquisas de captação e análise do movimento representam um avanço decisivo na direcção do Cinematógrafo.
O físico belga Joseph-Antoine Plateau é o primeiro a medir o tempo da persistência retiniana. Para que uma série de imagens fixas dêem a ilusão de movimento, é necessário que se suceda à razão de dez por segundo. Em 1832, Plateau inventa um aparelho formado por um disco com várias figuras desenhadas em posições diferentes. Trata-se do Fenacistoscópio. Ao girar o disco, elas adquirem movimento. A ideia era apresentar uma rápida sucessão de desenhos de diferentes estágios de uma acção, criando a ilusão de que um único desenho se movimentava.
O Praxinoscópio é um aparelho que projecta na tela imagens desenhadas sobre fitas transparentes, inventado pelo francês Émile Reynaud (1877). A princípio uma máquina primitiva, composta por uma caixa de biscoitos e um único espelho, o Praxinoscópio é aperfeiçoado com um sistema complexo de espelhos que permite efeitos de relevo. A multiplicação das figuras desenhadas e a adaptação de uma lanterna de projecção possibilitam a realização de truques que dão a ilusão de movimento.
Em 1878 o fisiologista francês Étienne-Jules Marey desenvolve o Fuzil Fotográfico, um tambor forrado por dentro com uma chapa fotográfica circular. Os seus estudos baseiam-se na experiência desenvolvida, em 1872, pelo inglês Edward Muybridge, que decompõe o movimento do galope de um cavalo. Muybridge instala 24 máquinas fotográficas em intervalos regulares ao longo de uma pista de corrida e liga a cada máquina fios que atravessam a pista. Com a passagem do cavalo, os fios são rompidos, desencadeando o disparo sucessivo dos obturadores, que produzem 24 poses consecutivas.
Pesquisas posteriores sobre o andar do homem ou o voo dos pássaros levam Étienne-Jules Marey, em 1887, ao desenvolvimento da Cronofotografia a fixação fotográfica de várias fases de um corpo em movimento, que é a própria base do cinema.
No Livro VII de A República, Platão relata o diálogo de Sócrates e Glauco sobre a condição humana em torno da oposição instrução versus ignorância. Sócrates descreve o percurso que o homem deve fazer para, a partir do mundo sensível, formado pelas imagens e aparências - cópias do mundo das Ideias, atingir esse segundo, o mundo inteligível, formado pelas Ideias eternas. A ascensão é obtida por intermédio da Razão: pela busca de conhecimento, da Justiça, da Verdade e do Belo se atinge o Bem, fonte de toda luz. Sócrates expõe esses pensamentos através do mito alegórico da caverna.
Pensando o mecanismo ilustrativo utilizado no mito a partir do mundo moderno, pode-se aproximá-lo ao mecanismo cinematográfico. No limite, pode-se afirmar que a primeira sessão de Cinema nos moldes que conhecemos hoje, ou seja, numa sala pública de projecções, teve lugar na imaginação de Platão com a "Alegoria da Caverna".
Nos dois mecanismos há uma luz artificial (resultante da manipulação do meio pelo homem) localizada ao fundo e à determinada altura da cena, projectando, num quarto escuro, imagens de simulacros, acompanhadas por sons.
Indícios históricos e arqueológicos comprovam que é antiga a preocupação do Homem com o registo do movimento. O desenho e a pintura foram as primeiras formas de representar os aspectos dinâmicos da vida humana e da natureza, produzindo narrativas através de figuras. O jogo de sombras do teatro de marionetes oriental é considerado um dos mais remotos precursores do Cinema.
Os jogos de sombras surgem na China, por volta de 5.000 a.C. e trata-se de projecções, sobre paredes ou telas de linho, de figuras humanas, animais ou objectos recortados e manipulados. O operador narra a acção, quase sempre envolvendo príncipes, guerreiros e dragões.