"Von Morgens bis Mitternacht" (From Morning to Midnight), Karl Heinz Martin (1920)
Com "Von Morgens bis Mitternacht" estamos na presença de um dos filmes mais representativos do Expressionismo Alemão, a par com "The Cabinet of Dr. Caligari". O filme conta-nos a história dum bancário sombrio que, cansado da sua existência monótona, deixa a sua família e rouba uma quantidade considerável de dinheiro na esperança de começar uma nova vida em Berlim. Aí ele descobre a vertigem da metrópole, os prazeres simples da embriaguez, mas também a solidão e a pobreza. Assustado, assombrado pela morte, procurado pela polícia, ele tenta salvar-se.
Produzido pela pequena empresaIlagi-Film, "Von Morgens bis Mitternacht" é uma adaptação da peça homónima de Georg Kaiser, um dos autores cimeiros do teatro expressionista. Foi filmado no ano de 1920 por uma equipa de actores e técnicos que trabalhavam na cena teatral de Berlim, a que se juntaram não-profissionais, tais como o escritor Max Herrmann.
Essa independência em relação às regras da indústria do cinema e da natureza experimental do produto afugentou o público, ao ponto de ter sido recusada a sua comercilização na Alemanha (aliás, o filme estrearia apenas em 1923 e no Japão, onde curiosamente teve sucesso). Tudo é abstracto, numa estilização extrema de decoração pintadas sobre fundo preto, precursor da experimentação "avant-garde", como se perpectua na sequência magistral do ciclismo filmado num espelho distorcido.
Mais do que outro filme Expressionista, "Von Morgens bis Mitternacht" comunica a emoção e a febre da política artística que apreendeu a Alemanha nesta época de grande agitação. Febril (a época e o filme).
Produzido pela pequena empresaIlagi-Film, "Von Morgens bis Mitternacht" é uma adaptação da peça homónima de Georg Kaiser, um dos autores cimeiros do teatro expressionista. Foi filmado no ano de 1920 por uma equipa de actores e técnicos que trabalhavam na cena teatral de Berlim, a que se juntaram não-profissionais, tais como o escritor Max Herrmann.
Essa independência em relação às regras da indústria do cinema e da natureza experimental do produto afugentou o público, ao ponto de ter sido recusada a sua comercilização na Alemanha (aliás, o filme estrearia apenas em 1923 e no Japão, onde curiosamente teve sucesso). Tudo é abstracto, numa estilização extrema de decoração pintadas sobre fundo preto, precursor da experimentação "avant-garde", como se perpectua na sequência magistral do ciclismo filmado num espelho distorcido.
Mais do que outro filme Expressionista, "Von Morgens bis Mitternacht" comunica a emoção e a febre da política artística que apreendeu a Alemanha nesta época de grande agitação. Febril (a época e o filme).
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