Friedrich Anton Christian (Fritz) Lang nasceu a 5 de Dezembro de 1890 em Viena. Nascido numa família burguesa, o seu pai tinha uma construtora e a sua mãe, Pauline Schlesinger, era uma judia convertida ao catolicismo, raízes que posteriormente influenciaram as decisões tomadas durante o período nazi.
Lang estudou arquitectura incentivado pelos seus pais, embora tenha acabado por desistir e levado-o a estudar em diversas escolas de pintura, como a escola de Artes e Ofícios de Munique. Mas também esses estudos ficaram interrompidos, desta feita por uma viagem escatológica, empreendida sem destino pré-determinado e que o levou desde a Ásia ao Norte de África, através de um grande número de países europeus.
Em 1913 estabeleceu-se em Paris onde viveu de projectos e desenhos para jornais. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial ele é preso e, após escapar da prisão, Lang alista-se no exército austríaco e é enviado para a frente russa, onde foi ferido gravemente e perde o olho direito. De volta à sua Viena nativa para recuperar, começa a escrever argumentos que vende a produtores alemães. Como resultado, Erich Pomer, director da produtora DECLA, contracta-o como argumentista e actor.
Lang estudou arquitectura incentivado pelos seus pais, embora tenha acabado por desistir e levado-o a estudar em diversas escolas de pintura, como a escola de Artes e Ofícios de Munique. Mas também esses estudos ficaram interrompidos, desta feita por uma viagem escatológica, empreendida sem destino pré-determinado e que o levou desde a Ásia ao Norte de África, através de um grande número de países europeus.
Em 1913 estabeleceu-se em Paris onde viveu de projectos e desenhos para jornais. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial ele é preso e, após escapar da prisão, Lang alista-se no exército austríaco e é enviado para a frente russa, onde foi ferido gravemente e perde o olho direito. De volta à sua Viena nativa para recuperar, começa a escrever argumentos que vende a produtores alemães. Como resultado, Erich Pomer, director da produtora DECLA, contracta-o como argumentista e actor.
A FASE ALEMÃ (1919-1934)
Lang fez sua estréia como realizador em Berlim, em 1919, com o filme "Halbblut" (Mixed Blood). Neste período alemão, Lang trabalha tanto para a produtora Nero-Film, pertencente a Nebenzahl Seymour, como para a UFA, o maior estúdio de cinema da Alemanha durante o período de esplendor da República de Weimar e durante a Segunda Guerra Mundial. Posteriormente realizaria "Die Spinnen" (The Spiders), um filme que era composto por quatro partes, mas que acabaria por filmar apenas dois tomos: "1. Teil - Der Goldene See" e "2. Teil - Das Brillantenschiff". Na ânsia de realizar a segunda parte de "Die Spinnen" cometeu um erro grave: deixou o projecto "Das Kabinet des Dr Caligari", o filme seminal do Expressionismo Alemão que acabou por ser realizado por Robert Wiene.
O seu primeiro sucesso internacional veio com "Der müde Tod" (1921), um filme sobre a luta do amor sobre a morte cuja argumentista, Thea Von Harbou (1889-1954), viria a ser a sua segunda mulher. A primeira, Lisa Rosenthal, cometera suicídio alguns anos antes com um único tiro no peito.
Também com Thea Von Harbou realiza muitos dos seus grandes sucessos, como "Dr. Mabuse, der Spieler" (1922) ou "Die Nibelungen" (1924), bem como muitos outros títulos. O realizador explora a beleza plástica, processamento de imagens e profundidade poética, dotando as suas obras de uma geometria expressionista muito característica.
Em 1924, viaja para os Estados Unidos, enviado pela UFA, para estudar os métodos de produção norte-americana. Profundamente impressionado pelos arranha-céus, esta viagem inspira-o para a sua obra-prima "Metropolis" (1926); o filme mais caro da UFA, tendo as filmagens durado mais de um ano e utilizado na sua gravação efeitos especiais revolucionários, enormes cenários, maquetistas…
O seu último filme mudo foi "Frau im Mond" (1929), baseado no livro de Júlio Verne "Journey to the Moon", tendo ficado famoso por ser considerado como o primeiro filme a introduzir na narrativa o "flashback".
Fritz Lang, para além de um grande mestre para a história do Cinema Mudo, mostra, desde o seu primeiro filme sonoro "M"(1931), uma clara inteligência para o uso de efeitos sonoros, usando-os artísticamente e não meramente como veículo da narrativa. De acordo com Lang, "M" devia-se ter chamaado "Os Assassinos estão entre Nós", numa alusão clara ao Nazismo, mas que por isso mesmo teve de assumir outro título.
Curiosamente Adolf Hittler foi um grande apreciador de Lang, tendo Goebbels oferecido-lhe o cargo de director da indústria cinematográfica alemã, para liderar a UFA e realizar a biografia de Guilherme Tell. No entanto, Lang era contrário à ideologia Nazi (mais não seja por respeito à sua mãe judia), pelo que na mesma noite do convite fugiu para França, deixando para trás tudo, inclusive a mulher, que pediu o divórcio. Anos mais tarde, a sua ex-mulher acabaria por escrever argumentos e realizar filmes de propaganda Nazi. Entretanto, o cargo de director da indústria cinematográfica alemã foi aceite por Leni Riefenstahl.
O seu primeiro sucesso internacional veio com "Der müde Tod" (1921), um filme sobre a luta do amor sobre a morte cuja argumentista, Thea Von Harbou (1889-1954), viria a ser a sua segunda mulher. A primeira, Lisa Rosenthal, cometera suicídio alguns anos antes com um único tiro no peito.
Também com Thea Von Harbou realiza muitos dos seus grandes sucessos, como "Dr. Mabuse, der Spieler" (1922) ou "Die Nibelungen" (1924), bem como muitos outros títulos. O realizador explora a beleza plástica, processamento de imagens e profundidade poética, dotando as suas obras de uma geometria expressionista muito característica.
Em 1924, viaja para os Estados Unidos, enviado pela UFA, para estudar os métodos de produção norte-americana. Profundamente impressionado pelos arranha-céus, esta viagem inspira-o para a sua obra-prima "Metropolis" (1926); o filme mais caro da UFA, tendo as filmagens durado mais de um ano e utilizado na sua gravação efeitos especiais revolucionários, enormes cenários, maquetistas…
O seu último filme mudo foi "Frau im Mond" (1929), baseado no livro de Júlio Verne "Journey to the Moon", tendo ficado famoso por ser considerado como o primeiro filme a introduzir na narrativa o "flashback".
Fritz Lang, para além de um grande mestre para a história do Cinema Mudo, mostra, desde o seu primeiro filme sonoro "M"(1931), uma clara inteligência para o uso de efeitos sonoros, usando-os artísticamente e não meramente como veículo da narrativa. De acordo com Lang, "M" devia-se ter chamaado "Os Assassinos estão entre Nós", numa alusão clara ao Nazismo, mas que por isso mesmo teve de assumir outro título.
Curiosamente Adolf Hittler foi um grande apreciador de Lang, tendo Goebbels oferecido-lhe o cargo de director da indústria cinematográfica alemã, para liderar a UFA e realizar a biografia de Guilherme Tell. No entanto, Lang era contrário à ideologia Nazi (mais não seja por respeito à sua mãe judia), pelo que na mesma noite do convite fugiu para França, deixando para trás tudo, inclusive a mulher, que pediu o divórcio. Anos mais tarde, a sua ex-mulher acabaria por escrever argumentos e realizar filmes de propaganda Nazi. Entretanto, o cargo de director da indústria cinematográfica alemã foi aceite por Leni Riefenstahl.
A ETAPA FRANCESA (1934)
Resume-se a um único filme, "Lillion" (1934).
A FASE AMERICANA (1934-1957)
No mesmo ano de 34 o productor David O´Serlick contrata-o para trabalhar na Metro Goldwin Mayer e Lang muda-se para a Califórnia. O seu primeiro filme americano foi "Fury" (1936) com Spencer Tracy. No total Lang realizou vinte e dois filmes nesta fase, incluindo três westerns e vários filmes anti-nazismo. Grandes títulos deste período são "You only Live Once" (1937) com Henry Fonda, "The Woman in the Window" (1944) ou "Rancho Notorious" (1952) com Marlene Dietrich.
Mas a partir da década de 1950, Lang começou a ter dificuldades em filmar devido ao clima intimidatório criado pelo Comité das Actividades Anti-americanas e o carácter difícil de Lang. Lang é acusado de ser abusivo com os actores, de se irritar com facilidade e da sua amargura crescente com a agudização da falta de visão, que ia disfarçando com o célebre monóculo (embora ele dissesse que o usava apenas para dar um toque dramático).
Mas a partir da década de 1950, Lang começou a ter dificuldades em filmar devido ao clima intimidatório criado pelo Comité das Actividades Anti-americanas e o carácter difícil de Lang. Lang é acusado de ser abusivo com os actores, de se irritar com facilidade e da sua amargura crescente com a agudização da falta de visão, que ia disfarçando com o célebre monóculo (embora ele dissesse que o usava apenas para dar um toque dramático).
FASE FINAL (1958-1960)
Em 1958 Lang voltou à Alemanha onde filmou três filmes, sendo o último deles "Die tausend Augen des Dr. Mabuse" (1960), pondo fim a uma saga que lhe tinha trazido tanto sucesso.
Foi Presidente do júri do Festival de Cannes em 1964, e nos últimos quinze anos de vida não filmou, morrendo em 1976 em Beverly Hills.
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