terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

"L'Inhumaine", Marcel L'Herbier (1924)


As tendências dadaísta, surrealista, cubista e futurista interessaram-se desde muito cedo pelo cinema, na medida em que era uma forma de expressarem-se mediante o  movimiento de imagens, uma inovadora e moderna forma de comunicação  artística, e que permitia ainda a manipulação técnica o que permitia satisfazer  as inquietudes dos interessados pelos novos movimentos modernistas.
 
"L'Inhumaine" enquadra-se nesta incursão do movimento modernista no cinema, contando a fascinação que exerce uma famosa prima dona, Claire Lescot, entre os homens. Contudo, mais do que a história, o que se destaca do filme é a celebração das diversas manifestações artísticas de meados dos anos 20. Para realizar este filme, Marcel L'Herbier contou com a contribuição do artista plástico Fernand Léger e do arquitecto Rob Mallet-Stevens.
 
 
Por isso, mais do que tudo, "L'Inhumaine" é uma experiência estética. Em especial a primeira meia hora, com a sua atmosfera surrealista e o seu desenho vanguardista / art-deco, que sintetiza os "ismos" da arte parisiense dos anos 20. Posteriormente esta faceta artística foi perdendo peso na produção cinematográfifca a favor do argumento.
 

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