"The Lost World", Harry O. Hoyt (1925)
Baseado na novela homónima de Sir Arthur Conan Doyle, este filme de ficção científica teve um enorme efeito no momento da sua estreia decorrente dos pioneiros efeitos visuais criados por Willis O´Brien.A história é bem conhecida. O professor Challenger é, segundo as palavras de Conan Doyle, "uma mente privilegiada fechada no corpo de um Pitecantropo". Não conformado com a sua condição de sábio excêntrico, é um temido polemista nos fóruns científicos londrinos, afirmando que tem provas de que os dinossauros ainda existem. Para demonstrar a sua teoria organiza uma expedição à Amazónia, acompanhado pelo jornalista à procura de fortuna Edward Malone, a milionária e bela Paula White, o caçador John Roxton e um competidor e céptico crítico de Challenger, o professor Summerlee. Em terras brasileiras e depois em Londres decorre toda a aventura.
Do ponto de vista narrativo e das interpretações o filme é extremamente linear (mesmo medíocre), contudo importa determo-nos neste efeito para sublinhar o seu papel revolucionário no campo dos efeitos especiais, a cargo de Willis O´Brien, pioneiro na técnica de animação "stop-motion".
"The Lost World" foi um êxito instantâneo, mas isso não significou um mar de rosas para O´Brien, que teve dificuldades para continuar a criar em Hollywood: o seu projecto seguinte foi um filme sobre a Atlantida, mas quando levava vários meses de trabalho nos modelos à escala, o filme foi abruptamente cancelado; a seguir começou a trabalhar na sequela de "The Lost World", mas também acabou por ser cancelado devido a mudanças ocorridas na direcção da First National Pictures; finalmente, o seu seguinte grande filme seria "King Kong" (1933). A grande inovação de "King Kong", menos de uma década depois, consistiu em dotar o grande símio de uma personalidade e ter uma estranha relação com a protagonista feminina. "King Kong" tinha um argumento completo e sólido, enquanto que "The Lost World" padece de uma certa torpeza narrativa.
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