"Phantom", W.F. Murnau (1922)
Este filme de Murnau, estreado no mesmo ano de "Nosferatu", foi considerado perdido durante muitos anos, até ser restaurado em 2003, a partir do negativo original, graças ao trabalho conjunto do Bundesarchiv-Filmarchiv, em Berlim, e da Friedrich-Wilhelm-Murnau-Foundation, em Wiesbaden.
O argumento em seis actos foi escrito por Thea von Harbou, mulher de Fritz Lang, baseado no romance homónimo que havia sido publicado no mesmo ano pelo escritor alemão Gerhart Hauptmann, laureado com o Prémio Nobel de Literatura em 1912.
Os cenários Expressionistas, que inclui uma cidade estilizada que a personagem imagina ver cair sobre si mesmo, foi criada pelo designer Hermann Warm, responsável também pelos cenários de "The Cabinet of Dr. Caligari" (1920).
Devido ao título seria de esperar que estivessemos a na presença de um filme que explorasse um tema sobrenatural, contudo, pelo contrário, "Phantom" é a história de uma obsessão de um pequeno advogado que se convence que alcançará riqueza e glória como poeta, bem como por uma mulher com que se cruza na rua.
Murnau com o se imaginário alucinante transforma uma pituresca pequena cidade num vórtice de dsespero e inquietação, onde um conjunto de estranhas relações se interconectam para construir um edifício perverso de paixão e obsessão.
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